07 fev Cuidados com região íntima: sete fatores que levam ao envelhecimento da vagina
Com o passar dos anos, as rugas e as linhas de expressão no rosto começam a denunciar a idade. Esses primeiros sinais do envelhecimento vêm acompanhados de redução das fibras de sustentação, flacidez e, principalmente, ressecamento da pele. Engana-se quem pensa que apenas a face que sofre com os danos do tempo, outras regiões também são afetadas, como a área genital, que passa por diversas alterações físicas e fisiológicas, podendo até mesmo interferir na saúde sexual. Confira abaixo os sete fatores que contribuem para o envelhecimento da região íntima.
Menopausa
A fase final de mudança hormonal no corpo da mulher é com a chegada da menopausa, quando há uma queda dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona), além da diminuição do hormônio de crescimento. Normalmente, a menopausa ocorre em torno dos 50 anos. Entre as principais mudanças no corpo estão o maior risco de osteoporose, o ressecamento vaginal, a perda de firmeza da pele, a alteração de textura de cabelos e unhas, o aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes, o ganho de peso e o excesso de pelos na face. Porém, fique tranquila, quando acompanhados por um médico, todos esses sintomas e riscos podem ser controlados e tratados.
Falta de lubrificação
A região íntima é naturalmente lubrificada… E essa condição oscila levemente ao longo do mês, de acordo com o estágio do ciclo menstrual. Se os níveis hormonais estão equilibrados e a mulher ainda não entrou na menopausa, ela deve ser suficiente para manter a saúde. Qualquer alteração indica que algo não vai bem e pode levar a infecções. Vale ressaltar que a lubrificação natural é diferente da exigida para a atividade sexual. As que fazem uso de métodos contraceptivos, como pílula e DIU, têm a lubrificação natural alterada. Uma verificação dos níveis hormonais pode apontar se existe algo a ser corrigido e se o problema pode exigir o uso de medicamentos específicos. Na menopausa, a falta de lubrificação pode até impedir o ato sexual e, nesse caso, é possível seguir terapia de reposição hormonal ou fazer uso de lubrificantes vaginais.
Atrofia
A queda hormonal altera a espessura do canal vaginal, tornando-o mais fino e causando fissuras durante a penetração, o que causa muito incômodo durante o ato sexual. O ressecamento e a perda da capacidade de se contrair também são consequências que surgem da redução hormonal. Assim como a pele envelhece, a vagina sofre uma atrofia por falta dos hormônios. Os pequenos lábios e clitóris, por exemplo, ficam menores. Isso pode atrapalhar a vida sexual, mas tem como ser prevenido com terapias de reposição hormonal. Os ovários podem estar na menopausa há 15 anos, mas a vagina consegue estar igual. Cremes à base de hormônios masculinos também ajudam a tratar a atrofia.
Falta de elasticidade
A partir dos 40 anos, as mulheres perdem fibras musculares e, com isso, há a queixa de frouxidão vaginal por causa da musculatura que fica flácida, comprometendo o prazer. “Quedas” da bexiga, útero e intestino também podem se tornar mais frequentes por causa da flacidez dos músculos vaginais. Assim como muitas mulheres praticam exercícios para garantir o tônus muscular de partes externas do corpo, é possível exercitar os músculos íntimos com práticas como a do pompoarismo ou movimentos para o assoalho pélvico, como os movimentos de Kegel. Por meio de exercícios perineais, é possível estimular as glândulas de Bartholin, que são responsáveis pela lubrificação vaginal, para melhorar o ressecamento e exercícios para evitar a atrofia.
Inatividade sexual
Uma vida sexual ativa ajuda a manter a saúde da região e a perceber se há algo diferente. Já mulheres que, por qualquer razão, ficam sem praticar sexo por um tempo, podem não notar que a vagina está envelhecendo. Por isso, a melhor maneira de garantir a jovialidade da região íntima é não deixá-la parada. A vagina deve ser treinada e mantida ativa. Portanto, invista na manutenção de uma vida sexual saudável. Pessoas têm investido numa vida sexual ativa além da terceira idade, devido à popularização de medicamentos e tratamentos que ajudam na libido.
Excesso de peso
O excesso de peso prejudica a região íntima, pois pode provocar a queda dos órgãos internos (útero, ovários, tubas uterinas, além da bexiga e dos grossos canais musculares que formam vagina, reto e uretra), causando desde incontinência urinária à retenção. O problema é chamado de prolapso vaginal e pode ser provocado pelo enfraquecimento dos músculos devido à idade.
Uso de anabolizantes e anticoncepcionais
O uso de anabolizantes acelera a atrofia da região genital, aumenta a pigmentação da pele e o crescimento de pelos. Já ouso de anticoncepcionais precocemente- desde adolescência -, faz com que as mulheres apresentem queixas comuns só na menopausa, como ressecamento vaginal. Por conta disso, mulheres novas já podem ter a necessidade de realizar tratamentos na região íntima.
Falta de cuidados básicos
O uso de sabonetes comuns pode alterar o pH da região vaginal. Cuidar da higiene com produtos específicos colaboram até para hidratação. Outro cuidado é o de manter a área ventilada, mas protegida. Cuidado ao escolher o material das peças íntimas e das roupas.