Excesso de pelos em mulheres: descubra 4 questões que você precisa saber

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Independente do gênero, todos temos pelos faciais e corporais e, em algumas áreas do corpo, esse pelo é muito fino e quase não dá para notar. Entretanto, algumas mulheres podem sofrer com um excesso de pelos que, além de prejudicar a aparência, pode mexer com a autoestima. “Quando os pelos do corpo começam a crescer muito rápido, em excesso, enrolados ou em locais onde não se deve crescer pelos, isso pode ser um sinal de alerta para procurar um especialista”, afirma a dermatologista Monica Linhares. Saiba mais sobre este problema e como trata-lo.

1) O que é?

O excesso de pelos nas mulheres é chamado de hirsutismo, um problema hormonal que pode estar associado a diversas doenças. Ele é caracterizado por uma sensibilidade da mulher ao hormônio masculino, que faz os pelos crescerem em locais onde os homens costumam ter, como no queixo, buço, costas e entre as mamas. “Nesse caso, os pelos nascem grossos e enrolados. Esse aumento pode estar acompanhado também de sinais de masculinização na mulher, ou seja, engrossamento da voz, perda de cabelo e do contorno corporal”, salienta a especialista.

Também há a possibilidade da paciente ter hipertricose, que também é uma sensibilidade da mulher ao hormônio masculino. “Mas, diferente do hirsutismo, este problema faz os pelos crescerem finos em locais onde elas já costumam ter, como nos braços, pernas, costeleta e buço. Além disso, não está relacionado a doenças e pode ter características étnicas, atacando mulheres que têm origens mediterrâneas (como Oriente Médio e sul da Ásia)”, destaca a dermatologista.

2) Quais são as causas?

“Entre as possíveis causas do hirsutismo estão os ovários policísticos, um distúrbio hormonal que causa a dilatação dos ovários e o aparecimento de pequenos cistos, hiperplasia adrenal congênita, uma doença genética caracterizada por distúrbios no funcionamento das glândulas adrenais (que produzem hormônios importantes para o corpo), e o uso de alguns medicamentos”, explica Dra. Monica.

3) Qual especialista devo procurar?

Ao notar o excesso de pelos no corpo, o mais indicado é que a pessoa procure um clínico geral, um dermatologista e/ou um endocrinologista. “Esses especialistas são os mais qualificados para diagnosticar o problema, avaliando se há ou não alguma doença estimulando o crescimento dos pelos. Eles irão fazer um levantamento de todos os sintomas e do histórico médico, incluindo uma análise de medicamentos ou suplementos que a paciente tome com regularidade”, ressalta. Em alguns casos, podem ser pedidos exames de sangue para avaliar os níveis de hormônios e uma ultrassonografia dos ovários e glândulas adrenais para checar a existência de tumores ou cistos.

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4) Qual é o tratamento?

Após avaliar o caso, o especialista pode indicar medicamentos que combatem o excesso de pelos, como anti-andrógenos, que diminuem os níveis de hormônios masculinos no corpo, ou cremes tópicos para serem aplicados no folículo (local do crescimento de pelo). “Como vimos, o hirsutismo pode ter diversas causas e, por isso, o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo especialista, que vai estabelecer o medicamento mais indicado para o caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento”, diz Dra. Monica.

Para remover os pelos, também podem ser feitos alguns procedimentos estéticos, como a depilação a laser. “A luz do laser destrói a matriz do pelo, dificultando o nascimento de novos fios”, explica. A aplicação pode causar um desconforto, mas quem está acostumado com a cera não vai sentir tanta dor. Após o laser, o incômodo dura algumas horas e, depois, algumas regiões podem escurecer um pouco e formar “casquinhas” que desaparecem poucos dias depois. “Apesar de ajudar muito na melhora da aparência de quem sofre com hirsutismo, esse tratamento é apenas paliativo. É fundamental que a paciente procure um especialista para tratar a origem do distúrbio e, então, encontrar a solução definitiva”, destaca a dermatologista.

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Conclusão

O hirsutismo é um problema hormonal que pode estar associado a diversas doenças, como ovários policísticos e hiperplasia adrenal congênita, além do uso de alguns medicamentos. Caracterizado por uma sensibilidade da mulher ao hormônio masculino, o hirsutismo faz com que os fios nasçam grossos, enrolados e em locais onde a mulher não apresenta pelos (como costas e abdome). Para tratar do problema, a paciente deve procurar um clínico geral, um dermatologista e/ou um endocrinologista, que vão avaliar se há ou não alguma doença estimulando o crescimento dos pelos, indicar exames e fazer um levantamento de todos os sintomas e do histórico médico. O tratamento é feito por meio de medicamentos indicados para tratar cada caso, que podem ser  anti-andrógenos ou cremes tópicos para serem aplicados no folículo. A depilação a laser é uma ótima opção para melhorar a aparência, entretanto, é apenas procedimento estético paliativo, que não soluciona a causa do hirsutismo.